Meia entrada
Carteira Estudantil feita direto na escola
Na sexta-feira a União Gaúcha dos Estudantes estará em Pelotas emitindo e fornecendo o documento na hora, para quem tiver interesse
Gabriel Huth -
Depois de desembolsar R$ 15,00 pela Carteira de Identificação Estudantil (CIE) e nunca ter visto a cor do documento em 2017, comunidade estudantil de Pelotas, pais e professores estão com receio de que novas fraudes possam acontecer este ano. O benefício da meia-entrada é garantido por lei e milhares de alunos no Estado deixam de aproveitá-lo, segundo a União Gaúcha de Estudantes (Uges). A entidade assumiu a responsabilidade e, na sexta-feira (13), estará na Escola Estadual Félix da Cunha (rua Benjamin Constant, 1.459, Porto) emitindo o documento na hora e nos padrões da União Brasileira dos Estudantes (Ubes).
Para o presidente da Uges, Gleison Minhos Carvalho, essa é uma tentativa de reconquistar a credibilidade dos estudantes. “Queremos acabar com a dinastia das fraudes.” No ano passado, a venda de cartões não autorizados prejudicou alunos de escolas da Região Metropolitana, de Santa Maria e de Pelotas. Entre as medidas adotadas pela Uges, está a parceria com o Centro de Integração Empresa Escola (CIEE), onde o aluno pode encaminhar o pedido, além da visita de representantes nos educandários, por meio de agendamento. Na Zona Sul, a entidade confirmou os procedimentos em Pelotas, Capão do Leão e Rio Grande.
Carvalho garante que no dia marcado as equipes levarão o equipamento e o estudante poderá sair com a carteira na hora, mediante pagamento da taxa de R$ 25,00. O presidente lembra ainda que os jovens matriculados em outros educandários também podem procurar a escola na sexta-feira, desde que apresentem comprovante de frequência da instituição. A União Gaúcha dos Estudantes também conta com o apoio da Secretaria Estadual de Educação na divulgação do processo de confecção da CIE.
Desconfiança
No ano passado, a presidente do Grêmio Estudantil do Félix da Cunha, Bruna Alvariza Hertzberg, 18, levando em conta a situação financeira dos colegas, encaminhou os pedidos das carteiras por meio da União Municipal dos Estudantes de Pelotas (Umesp). A diferença de R$ 11,00 no valor do documento (a taxa da Uges em 2017 era de 26,00) doeu no bolso. A justificativa apresentada pelos responsáveis na época foi a mudança na legislação federal, que gerou atraso na emissão por parte das entidades municipais, como número do RG. Na escola Érico Veríssimo, conforme a direção, dos cerca de 200 alunos que solicitaram a carteirinha, nenhum recebeu.
Pensamento coletivo
Bruna foi além e ainda pechinchou o abatimento de R$ 6,00 na taxa. Esse valor seria repassado ao Grêmio Estudantil a cada documento solicitado. “Abrimos mão da porcentagem e os alunos poderão pagar R$ 19,00.” Sabendo do valor, a estudante Bárbara Voloski, 16, pegou um formulário para preencher. “Facilita a entrada em vários lugares, como no CineArt do Centro”, apontou.
Fique por dentro
A meia-entrada é regida pela Lei Federal 12.933/2013 e o Decreto Federal 8.537/2015, que asseguram aos estudantes o acesso a salas de cinema, cineclubes, teatros, espetáculos musicais e circenses e eventos educativos, esportivos, de lazer e de entretenimento, em todo o território nacional. Isso vale para eventos promovidos por qualquer entidade e realizados em estabelecimentos públicos ou particulares, mediante pagamento da metade do preço do ingresso efetivamente cobrado do público em geral.
Mais informações no site da Uges.
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